segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Soneto de aniversário

 Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.


(VINICIUS DE MORAES)

(recebi por email esse soneto do meu amigo Francílio... vc é um caso sério...kkkkkkk obrigada meu bem, te amo)

Um comentário:

  1. Ôpa, mas tu cometeu uma gafe Carolzinha. Esse soneto não é de minha autoria e sim do mestre e imortal: Vinícius de Morais.

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